Você já entrou em um site que parecia travar na hora de carregar, demorava para responder quando você clicava, e ainda por cima fazia os botões dançarem pela tela? Se sim, você viveu na pele o que o Google chama de má experiência do usuário.
E é exatamente para medir e corrigir esses problemas que nasceram os Core Web Vitals. Eles são um conjunto de métricas criadas pelo Google para avaliar, de forma objetiva, como os usuários realmente percebem o desempenho de um site.
Querendo ou não, os Core Web Vitals já influenciam no SEO e podem ser o divisor de águas entre estar no topo das buscas ou escondido na página dois. Neste artigo, vamos entender cada métrica, como medir, onde encontrar os gargalos e, claro, como corrigir os problemas para garantir que seu site não só apareça no Google, mas também conquiste seus visitantes.
O que são os Core Web Vitals?
Os Core Web Vitals são três métricas principais:
- LCP (Largest Contentful Paint): mede o tempo de renderização do maior elemento visível na tela (imagem, vídeo ou texto principal). O ideal é ficar abaixo de 2,5 segundos.
- INP (Interaction to Next Paint): substituto do antigo FID (First Input Delay). Mede quanto tempo o site leva para responder às interações (cliques, digitação, toques). O ideal é abaixo de 200 ms.
- CLS (Cumulative Layout Shift): mede a estabilidade visual. Um bom site deve ter CLS menor que 0,1 para evitar que botões e textos “pulem” na tela.
Essas métricas são atualizadas periodicamente pelo Google, e se tornaram parte essencial do algoritmo de ranqueamento.
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Por que os Core Web Vitals são importantes para SEO?
Os Core Web Vitals são importantes para SEO porque medem a qualidade da experiência do usuário em um site. Eles afetam diretamente o ranqueamento no Google e influenciam engajamento, tempo de permanência e conversões. Sites que atendem bem a esses critérios têm mais chances de aparecer no topo das buscas.
Principais motivos
- Fator de ranqueamento confirmado: o Google usa os Core Web Vitals como sinal de experiência de página.
- Redução da taxa de rejeição: páginas rápidas e estáveis mantêm mais visitantes.
- Impacto direto em conversões: melhorar apenas 0,1 segundo no carregamento mobile pode aumentar em até 8% as vendas no varejo (Deloitte).
- Vantagem competitiva: sites que oferecem melhor experiência têm mais chances de superar concorrentes diretos.
Dados que comprovam
- Searchmetrics: páginas no top 10 apresentam métricas de desempenho muito superiores às da segunda página.
- Google: sites otimizados para Core Web Vitals apresentam maior engajamento.
- Akamai: 100ms extras no carregamento reduzem em até 7% a taxa de conversão.
Exemplos práticos
- E-commerce: botão “comprar” que não se move aumenta confiança e evita frustração.
- Negócios locais: cardápio de restaurante que abre rápido aumenta pedidos e reservas.
- Blogs: carregamento rápido mantém o leitor até o final do artigo, melhorando tempo de sessão.
Benefícios além do SEO
- Mais páginas visitadas;
- Mais backlinks orgânicos;
- Mais chances de fidelização;
- Mais lucro com o mesmo tráfego.
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Como medir Core Web Vitals
Existem diversas ferramentas — algumas oferecem dados de laboratório, outras dados reais de usuários. O ideal é combinar ambas.
- PageSpeed Insights: fornece relatórios rápidos com dados de campo (Chrome UX Report) e testes em laboratório.
- Google Search Console: mostra relatórios de Core Web Vitals para todo o site, agrupando URLs com problemas.
- Lighthouse: ótimo para desenvolvedores, simula testes em ambiente controlado e sugere melhorias.
- Chrome UX Report (CrUX): coleta dados reais de usuários do Chrome.
- WebPageTest: ferramenta avançada para medir desempenho em diferentes dispositivos e conexões.
Uma dica prática: use o Search Console para identificar grupos de páginas problemáticas, e depois entre no PageSpeed Insights para analisar páginas individuais.
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Checklist de diagnóstico
Quando o relatório do seu site mostrar problemas, siga este roteiro rápido:
- LCP ruim: geralmente causado por imagens pesadas, servidor lento ou scripts que bloqueiam renderização.
- INP ruim: quase sempre culpa de JavaScript em excesso, long tasks ou bibliotecas pesadas.
- CLS ruim: geralmente banners, anúncios e iframes sem dimensões definidas, ou troca de fontes que mudam o layout.
Priorize as páginas com maior tráfego e maior impacto em conversão. Corrigir a home e páginas de produtos-chave já pode trazer ganhos imediatos.
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Como corrigir cada métrica
Melhorando o LCP
- Otimize imagens (compressão, formatos modernos como WebP/AVIF).
- Use preload para fontes e imagens críticas.
- Reduza TTFB (investindo em servidor ou CDN).
- Evite bloqueio de renderização (minifique e adie scripts).
Melhorando o INP
- Divida pacotes de JavaScript muito grandes.
- Use lazy loading para scripts não essenciais.
- Evite funções pesadas no thread principal.
- Utilize web workers para processamentos complexos.
Melhorando o CLS
- Sempre defina largura e altura em imagens.
- Reserve espaço para anúncios e iframes.
- Use font-display: swap para evitar troca brusca de fontes.
- Teste o site em diferentes resoluções e dispositivos.
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Estudo de caso: antes e depois
Imagine uma loja virtual de moda que recebia 30 mil visitas mensais. Seu LCP médio era de 4,2 segundos, o INP passava de 400 ms e o CLS estava em 0,25 — ou seja, tudo fora do ideal.
Após um trabalho de otimização, que incluiu compressão de imagens, implementação de CDN, divisão de pacotes JS e placeholders para banners, os resultados foram:
- LCP: caiu para 2,1 segundos.
- INP: melhorou para 180 ms.
- CLS: caiu para 0,05.
Impacto direto: aumento de 22% na taxa de conversão e queda no bounce rate.
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Ferramentas recomendadas para monitorar continuamente
- PageSpeed Insights (rápido e oficial).
- Google Search Console (escala e monitoramento).
- Lighthouse CI (automatização de testes em pipelines).
- Sentry ou New Relic (monitoramento de performance real de usuários).
A ideia é: medir, corrigir, medir de novo e manter uma rotina de otimização. Performance não é um projeto único, mas um processo contínuo.
Conclusão
Os Core Web Vitals são muito mais que métricas técnicas: eles refletem como os usuários realmente experimentam o seu site. Ignorá-los pode custar posições no Google e, pior ainda, clientes perdidos.
Lembre-se:
- LCP bom significa que o usuário vê rápido o conteúdo principal.
- INP bom significa que ele não fica esperando resposta após clicar.
- CLS bom significa que ele não sofre com telas instáveis.
Quer ver o impacto real? Faça uma auditoria de SEO no seu site e descubra onde estão os gargalos. A cada segundo ganho no carregamento, você pode estar colocando mais dinheiro no bolso.
Fale com a Infoduzz e peça uma auditoria técnica de performance.
investir em Core Web Vitals é investir no futuro do seu site. O Google já deixou claro: experiência do usuário é prioridade. Agora, cabe a você decidir se vai correr atrás ou deixar sua concorrência levar o primeiro lugar.